Forró Roots

O Forró é uma festa originária da Região Nordeste do Brasil, bastante popular e comum, especialmente nas festas juninas. O nome da festa forró é usado para nomear distintos gêneros musicais como o xote, baião, arrasta-pé e o xaxado, por isso quem não conhece suas histórias, as confundem com um gênero único. As músicas são executadas tradicionalmente por trios instrumentais com acordeon(sanfona), zabumba e triângulo. Forró também é um dos gêneros musicais da festa forró, o qual foi criado por Luiz Gonzaga em 1958. A dança do xote(dois pra lá e dois pra cá) passou a acompanhar as músicas desse novo gênero e a ser chamada de dança do forró. Os gêneros musicais executados nos forrós, desde a década de 90 também são chamados agrupadamente de forró pé-de-serra. Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Caruaru e Campina Grande, que sediam as maiores festas juninas do país. Já nas capitais Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Recife, Teresina e Salvador, são tradicionais as festas e apresentações de bandas de forró em eventos privados que atraem especialmente os jovens. Origem do nome O termo "forró", segundo o filólogo pernambucano Evanildo Bechara, é uma redução de forrobodó, que por sua vez é uma variante do antigo vocábulo galego-português forbodó, corruptela do francês faux-bourdon, que teria a conotação de desentoação. O elo semântico entre forbodó e forrobodó tem origem, segundo Fermín Bouza-Brey, na região noroeste da Península Ibérica (Galiza e norte de Portugal), onde "a gente dança a golpe de bumbo, com pontos monorrítmicos monótonos desse baile que se chama forbodó". Na etimologia popular (ou pseudoetimologia) é frequente associar a origem da palavra "forró" à expressão da língua inglesa for all (para todos). Para essa versão foi inventada uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró" pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco por Parnamirim (Rio Grande do Norte) do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada nessa cidade. Apesar da versão bem-humorada, não há nenhuma sustentação para tal etimologia do termo. Em 1912, estreou a peça teatral "Forrobodó", escrita por Carlos Bettencourt (1890-1941) e Luís Peixoto (1889-1973), musicada por Chiquinha Gonzaga e em 1937, cinco anos antes da instalação da referida base militar em território potiguar, a palavra "forró" já se encontrava registrada na história musical na gravação fonográfica de “Forró na roça”, canção composta por Manuel Queirós e Xerém. História Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou "forrobodança" ou ainda "forrobodão" já em fins do século XIX. O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Nos anos 60, além de Luiz Gonzaga, destacaram-se artistas como Marinês, Ary Lobo, Zito Borborema, Luiz Wanderley, Sebastião do Rojão, Jacinto Silva e muitos outros. Nos anos 1970, surgiram, nessas e em outras cidades brasileiras, "casas de forró". Foi nessa década que surgiu a moda do forró de duplo sentido, consagrada pelas composições e interpretações de João Gonçalves. Outros grandes cantores do período foram Zenilton e Messias Holanda. No fim desta década, intrumentos como a bateria, o baixo elétrico e a guitarra elétrica já eram introduzidos nas gravações de discos de vários artistas, como Dominguinhos e o Trio Nordestino. A década de 1980 foi de crise para o forró, o que fez com que grandes nomes do gênero aderissem ao duplo sentido das letras para atrair a atenção do público. Foi a década do chamado "forró malícia" representado por nomes como Genival Lacerda, Clemilda, Sandro Becker, Marivalda entre outros. Foi nessa década que a bateria (esporadicamente utilizada nos anos 70) foi inserida oficialmente na instrumentação do gênero, assim como a guitarra, o baixo elétrico e, mais raramento, os metais. A década de 1980 terminou sem que o gênero conseguisse recuperar o prestígio e, nos anos 1990, surgia um movimento que procurou dar novo fôlego ao forró, adaptando-o ao público jovem; era o nascimento do reinado das bandas de "forró eletrônico", surgidas no Ceará, cuja pioneira foi a Mastruz com Leite. Outros grandes nomes desse movimento são Calcinha Preta (que impulsionou o crescimento do forró pelo Brasil e pelo mundo a fora), Cavalo de Pau, Magníficos e Limão com Mel. Modernização A modernização musical do forró iniciou no final da década de 1970, quando a bateria passou a ser utilizada de forma sutil em disco de artistas como Trio Nordestino, Os 3 do Nordeste, Genival Lacerda e outros. Na década de 1980, a bateria, guitarra elétrica e baixo elétrico faziam parte oficialmente da instrumentação dos discos de forró. Luiz Gonzaga passou a fazer uso constante desses instrumentos a partir do seu álbum de 1980, "O homem da terra". No início da década de 1990, surgiu no Ceará um novo meio de produzir músicas de forró, com a introdução de instrumentos como o teclado e o sax e a retirada da zabumba, mesclando com elementos da lambada, música pop e axé music, o movimento ficou conhecido como forró eletrônico ou estilizado. Seu precursor foi o produtor musical e empresário Emanuel Gurgel, responsável pelas bandas Mastruz com Leite, Forró Cavalo de Pau, Mel com Terra e Catuaba com Amendoim. O principal meio de divulgação foi a rádio Som Zoom Sat e a gravadora Som Zoom Estúdio pertencentes a Gurgel. Tal pioneirismo recebeu críticas por transformar o forró num produto. Várias bandas de forró notabilizaram-se por fazer versões de clássicos do rock e do pop internacional. A banda de rock Raimundos fez muito sucesso nos anos 1990 com o gênero, forrocore, um misto de forró com o hardcore, desde a composição musical até as letras. Revitalização No fim da década de 1990 e início da de 2000 em São Paulo, as músicas do forró pé-de-serra foram revitalizadas na grande mídia com o surgimento de grupos e artistas solo como o Rastapé, Bicho-de-pé e o Falamansa. O estilo desses artistas ficou conhecido como "forró universitário", o nome é devido a se apresentarem em festas universitárias paulistanas. Ele executa gêneros musicais do forró original com acréscimos ou mudanças instrumentais. O estilo musical pé-de-serra e universitário são na prática muito parecidos e são geralmente diferenciados pela localização geográfica dos artistas e pelo período histórico. Forró pé-de-serra, também conhecido como forró tradicional, é a expressão utilizada para designar os estilos mais tradicionais (xote, baião e arrasta-pé), que possuem como instrumentos característicos o sanfona, zabumba e triângulo, diferentemente dos estilos mais estilizados que usam instrumentos elétricos, como o forró eletrônico. O forró pé-de-serra designa um estilo com sonoridade de músicos tradicionais do interior do nordeste brasileiro e principais representantes de sua música, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro e Sivuca. Em comparação com o forró pé-de-serra, a dança no universitário sofreu muitas alterações e tornando-se completamente diferente no nordeste (pé-de-serra) e no sudeste (universitário). Tipos de danças O forró é dançado em pares, e evoluiu para vários estilos que têm raízes em diversos outras danças, adaptadas para o molde e a estética que a cultura e a música do forró apresenta. O estilo de música, bastante abrangente dentro do forró, também irá variar com as danças. O forró é dançado ao som de vários gêneros musicais brasileiros tipicamente nordestinos, além do gênero musical forró, entre os quais destacam-se: o xote, o baião, o arrasta-pé, o xaxado, a marcha (estilo tradicionalmente adotado em quadrilhas) e coco, e algumas vezes, o maracatu. Todos esses gêneros musicais são próximos, mas não são o mesmo que música forró. Danças tradicionais ou populares: Dança em casais. A característica em comum e clássica entre elas é o abraço fechado: Xote: conhecida também como dança (tradicional) do forró. O passo original é chamado de dois para lá de dois para cá. Também são executados outros passos na mesma marcação. Ela acompanha músicas do xote e de outros gêneros como baião, coco, forró (gênero musical), rojão e toada. É a dança mais praticada nos forrós. Baião: Tem passo de marcação binária, uma troca de pé de apoio, seguido de um quique de sola do outro pé. Ela acompanha as músicas do baião. Arrasta-pé: executada no passo de marcha. Ela acompanha músicas do arrasta-pé/polca e frevos executados por grupos de forró. Danças individuais, menos frequente nos forrós: Xaxado: dança trocando o pé de apoio marcando o tempo e contratempo das músicas do xaxado. Há versão estilizadas que não marca o contratempo. Coco: passos com soladas no chão marcando o ritmo. Ela acompanha músicas do coco. Danças de salão Surgiram no fim dos anos 90 em escolas de dança profissional. A partir de misturas da dança do xote/forró com outras danças. Elas acompanham alguns gêneros musicais como o xote, baião, forró (gênero musical), coco, rojão e toada. As principais danças são: O forró roots (ou de raiz, "pé-de-serra"), no modo raiz, ela é dançada em abraço fechado e contato corporal total, característica identitária da dança (tradicional) do forró, sem fazer movimentos em posições abertas. Sua criação começou nos eventos de forró de Itaúnas/ES, que introduziu principalmente movimentos intrínsecos e complexos de pernas, em sua maioria originados e modificados do tango e samba de gafieira. O forró eletrônico, dançado com mais malícia e com um apelo maior para a sexualização dos pares, tem grande influência da lambada, salsa e até mesmo a bachata dominicana. O forró universitário a maioria das figuras são em posições abertas com movimentos de braços de salsa cubana e/ou salsa L.A.(Los Angeles). Há movimentos de outras danças, como zouk e lambada em posição aberta ou no abraço do xote/forró.

Top 10 Professores

Alex Alvim

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Glória, Contagem - MG

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  • Forró Roots
  • Forró Universitário

Fabrinne

Fabrinne começou a dançar na infância. Em 2014, conheceu a escola de forró Pé Descalço, onde começou a dar aulas em 2018. Em 2022, Fabrinne concluiu o Curso de Formação de Professores e de Examinadores da rede Pé Descalço Escola de Dança, se profissionalizando dentro da instituiç...

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Santa Helena, Juiz de Fora - MG

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  • Samba de Gafieira Tradicional
  • Zouk Tradicional
  • Forró Roots
  • Forró Universitário

Lorena Marques

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Castelo, Belo Horizonte - MG

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  • Forró Universitário
  • Forró Roots

Thales Moura

Professor de Forró a 5 anos e tenho 8 anos de dança.

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Nova Vista, Belo Horizonte - MG

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  • Forró Universitário
  • Forró Roots

Ana Nawate

Professor verificado.

Professora de Forró e Diretora da escola Pé Descalço Pinheiros.

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  • Forró Universitário
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Thais Aguilar

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Buritis, Belo Horizonte - MG

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Concreto

Engenheiro Civil.

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Granja Vista Alegre, Contagem - MG

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Fernanda Teixeira

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Santa Tereza, Belo Horizonte - MG

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LUANA THAYS

ALUNA

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DIAMANTE, BELO HORIZONTE - MG

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  • Forró Roots

Lucas Lochte

Professor de forró especializado no forró universitário. Ministro aulas na escola pé descalço nas unidades da Savassi, Cidade Nova e Barreiro.

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  • Forró Roots
  • Forró Universitário